Violência contra crianças e adolescentes, como identificar os sinais?
Da Redação Bem Paraná com AN-PR
A criança se comunica mais pelo choro e outros sinais não verbais que por palavras, quando algo está errado. No caso de violências, o silêncio é ainda maior, porque, geralmente, o autor é próximo à família. Para enfrentar essa situação, a Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social lança a campanha “Não engula o choro”, que começou a ser exibida nos cinemas nesta semana. Dados do disque-denúncia 181 informam que, de 2016 para 2017, o número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes aumentou 37,6%, saltando de 843 para 1.166.
Duas animações, de aproximadamente um minuto cada, são projetadas antes dos filmes, durante todo o mês, de acordo com a lei estadual 18.798/2016, sancionada ano passado pelo então governador Beto Richa. Esta é uma das peças da campanha, que será levada para internet e outras mídias. O Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é 18 de maio, o que faz com que esse seja o mês de enfrentamento a essas violações de direitos.
A secretária estadual da Família, Fernanda Richa, explica que o silêncio e outros fatores envolvidos na violência contra criança dificultam que a rede de proteção tome ciência da situação e possa intervir de maneira adequada. A campanha tem a parceria das secretarias estaduais da Saúde, da Educação e da Segurança Pública, que registra e encaminha denúncias de violações de direitos, no Paraná, pelo telefone 181.
Fernanda Richa disse que um dos objetivos da campanha é reduzir a subnotificação e incentivar a população a denunciar esses crimes, assim como estabelecer diálogo com a criança. Os agentes da rede de proteção, que inclui profissionais da assistência social, saúde, educação, conselho tutelar e segurança pública dos 399 municípios receberão cartilhas e cartazes que orientam como agir diante do problema que aflige a criança.
Sinais
Conforme dados do Ministério da Saúde, as quatro principais formas de violência contra crianças e adolescentes são a negligência ou abandono; e violências física, psicológica ou moral e sexual
Os sinais que indicam que a criança ou adolescente sofreu alguma violência variam de acordo com a idade e tipo de agressão
Além do choro, outras reações são perceptíveis até o fim da adolescência
Em qualquer idade, é preciso prestar atenção ao aparecimento, sem causa aparente, de irritabilidade constante; olhar indiferente e apatia; distúrbios do sono; dificuldade de socialização e tendência ao isolamento; aumento na incidência de doenças, especialmente de fundo alérgico; e frequentes de afecções de pele
Também é preciso ficar alerta a manifestações precoces de sexualidade, desconfiança extrema, autoflagelação, baixa autoestima, insegurança e extrema agressividade ou passividade
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